Qual é o gargalo mais antigo da logística?

Sem dúvida, é o tempo de entrega ao cliente de seus produtos. E as empresas já entenderam: quem entrega mais rápido, ganha mercado e vende mais.

A diferença de um dia de prazo para a entrega pode ser um fator decisivo para atrair ou afastar um consumidor.

A entrega na última milha é bastante complicada, especialmente no Brasil e mais ainda agora, em um mundo omnicanal onde os consumidores esperam frete rápido e grátis. A área de marketing “empurra” as promoções, como entrega no dia seguinte, até mesmo entrega no mesmo dia ou frete grátis. Sem um perfeito alinhamento de toda a logística e cadeia de suprimentos, as operações podem entrar em um beco sem saída.

De acordo com o “Ciclo 6 do Índice de Consumidor Futuro” da Ernst Young, publicado em março, no mundo pós-pandemia 60% dos consumidores visitarão lojas físicas com menos frequência e 43% disseram que farão compras on-line com mais frequência para produtos que compravam anteriormente na loja. O mesmo estudo também relatou que um em cada quatro consumidores considerou a lentidão na entrega a parte mais frustrante das compras on-line, e um em cada cinco não perdoa as marcas que não conseguem cumprir suas promessas.

Sem trabalhar em conjunto para garantir que a logística entregue na hora certa, no lugar certo e a um custo competitivo, empresas correm o risco de perder cliente, e operar no vermelho.

Gostariamos de destacar alguns pontos importantes dentro deste cenário de transformações da Covid-19:

  • Players do ecommerce: A briga no país é disputada por gigantes como Magazine Luiza, Mercado Livre, Via Varejo, B2W e ficou ainda mais acirrada com a forte expansão das atividades por aqui da americana Amazon, uma potência global nas vendas on-line;
  • Varejo: Lojas estão se transformando em centros de distribuição avançados nas grandes cidades. Magalu, por exemplo, utiliza suas mais de 1.200 lojas como “armazéns”, e só se preocupa com a última milha. É o grande “case” de sucesso da integração do físico com digital no Brasil;
  • Alimentação: Mc Donald´s deu o caminho apostando com sucesso nos três “Ds” (Delivery, Drive through, Digital) – com direito a massificação desta estratégia ao grande público em um patrocínio ao BBB21 e apoio da Martin Brower na excelência logística de ponta a ponta. Manter qualidade, frescor e chegar onde o cliente está exigiram reinvenção das redes de restaurantes;
  • Aceleração de start ups pelas gigantes da logística e varejo: são bilhões de dólares investidos em tecnologias especializadas em calcular como encurtar o espaço entre o clique da compra e a entrega do produto na porta do consumidor;
  • Fusões e aquisições: Fusão da Americanas e B2W. Carrefour compra o BIG. Grupo Soma adquire Hering. Renner negocia com Dafiti. Escala, capilaridade e integração do físico com digital são o nome do jogo!

Em suma: Indiscutivelmente a pandemia acelerou as já planejadas transformações digitais nas cadeias de suprimentos de diversas empresas.

Estamos certos que o primeiro vencedor é o cliente!

Fonte: https://revistamundologistica.com.br